segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Atividade da Cursista Riselda Melo Escola Duque de Caxias



CURSO REDES DE APRENDIZAGEM
ATIVIDADE: 1.3
COMPONENTES: RISELDA, FRANCISCA, LILIANA E GRACIETES
FORMADORA: MARIA DO CARMO.


 
 O homem contemporâneo, instituído a partir dos ditames da razão na modernidade, corresponde ao modo de ser que se revela como tecnológico. À essência da técnica moderna, liga-se a essência do homem moderno. Esta essência é deflagrada em nossa época a partir da dicotomia sujeito-objeto, instituída na modernidade com a apreensão do homem enquanto sujeito, em detrimento de outras possibilidades de ser. Enquanto modos de desvelamento de ser, tanto a técnica quanto o sujeito são verdades e caracterizam o modo como ser se desvela na contemporaneidade. O homem, ao assumir o modo de ser do sujeito, se relaciona com o mundo e com sua época no distanciamento que objetiva tudo que lhe é exterior. Desse modo, torna-se possível afirmar, com Heidegger, que o homem vive a época do esquecimento da diferença entre ser e ente, diferença a partir da qual pode-se compreender o ser que ele mesmo é.
O homem técnico e o esquecimento do ser.
No instante em que o homem foi apreendido no modo de ser do sujeito racional, instaurou-se uma época em que a racionalidade seria a condutora do modo em que ele se coloca diante do mundo. Ao sair da determinação da criatura, forjada pela teologia cristã da Idade Média, na Modernidade o homem assume nas ciências, nas artes e na filosofia, o caráter de medida a partir do qual os entes no mundo são apreendidos e classificados.
A relação do homem/máquina constitui-se a partir das interdependências geradas nesse relacionamento complexo e complementar; tal pressuposto admite a possibilidade do homem investir em determinadas transformações sociais, mentais, ambientais, econômicas, psicológicas, dentre outras. Tais intervenções irão implicar em outros usos da tecnologia, bem como privilegiar diferentes direcionamentos e prioridades dos projetos tecnológicos. Como refluxo o homem e a sociedade serão produtos também do desenvolvimento tecnológico.
 
Os avanços da tecnologia mudaram profundamente os hábitos da sociedade e as relações de trabalho. Os trabalhadores, quando não excluídos desse processo, precisam estar sempre se reciclando para conseguir acompanhar o ritmo do mercado que, cada vez mais, aumenta sua exigência.
“A presença do computador, da internet, de robôs no ambiente de trabalho exigem que o trabalhador esteja em sintonia com as novas tecnologias. Há, portanto, uma exigência constante por qualificação profissional e, em alguns segmentos, uma mudança bastante radical do perfil do trabalhador”, As tecnologias de informação e o aumento da importância do processo eletrônico trouxeram mudanças nas relações de trabalho. O número de trabalhadores com atividades operacionais diminuiu devido à robotização. Em contrapartida, surgiram vagas destinadas a profissionais responsáveis pela coordenação da produção e pelo gerenciamento.
Nesse processo de mudança, as grandes revoluções sempre estiveram presentes. As transformações começaram com a Primeira Revolução Industrial (séc. XVIII), em que a introdução do vapor, usado como fonte de energia, deu início à modernização da produção e do desenvolvimento do sistema de transportes. A Segunda Revolução Industrial (a partir de 1860 até o início da Primeira Guerra Mundial) trouxe mudanças no processo da industrialização, já que a eletricidade permitiu o desenvolvimento de produções em série. Alguns estudiosos afirmam que estamos vivendo uma Terceira Revolução Industrial, devido ao surgimento das tecnologias de informação e a substituição da eletromecânica pela eletrônica.
O sociólogo Luiz Roberto Alves, professor da Universidade Metodista de São Paulo, acredita que uma das consequências das revoluções seria o aumento do tempo livre. “Anunciou-se que o advento das tecnologias facilitaria o trabalho, aumentaria a eficácia das ações, provocaria mais saúde ambiental e criaria espaços de tempo livre. No entanto, sua implementação não obedeceu ao tempo humano da mudança, não respeitou a cultura diversificada dos trabalhadores, não considerou a subjetividade e os valores da relação entre o ser humano e sua extensão físico-social, em que se coloca o trabalho”, acredita Alves.
Há uma grande dificuldade no processo de adaptação da substituição do homem pela máquina, o que traz alterações no estilo de vida do trabalhador, que precisa se preparar e se reciclar para acompanhar o desenvolvimento do mercado de trabalho. “Para muitos profissionais, é ultrapassada a ideia de que possuir um curso de graduação é o suficiente para sua formação acadêmica”. A necessidade de ter uma especialização tornou-se um fator decisório e eliminatório.